Tiu, Luis, Luiz e Tchubas, essa é pra vocês.
POESIA CAIPIRA
Vô contá como é triste, vê a veíce apruchegá,
Vê os cabêlo caíno, vê as vista incurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.
Vê o pinto esmoreceno, sem força prá levantá.
As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.
As vista diminuíno e cresceno as sombrancêia.
As coisa vão encurtano, vão aumentano as orêia.
Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.
A veíce é uma doença que dá em todo cristão:
Dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pumão.
Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.
Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece:
Vai passano pelas rua e as menina se oferece.
A gente óia tudo, benza Deus e agradece,
Correno ligeiro prá casa, procurano o INSS.
No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava
Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.
As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.
Eu fazia todo dia, até o bichim me desbotava.
Mas tudo isso passô, faz tempo ficô prá tráis
as coisa que eu fazia onti, hoje num sô capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz
Prá falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.
Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.
Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,
Porém só faz duas coisa: solta peido e acha graça
Poesia Caipira
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Poesia Caipira
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